ATA DA DÉCIMA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 20-6-2012.
Aos vinte dias do mês de
junho do ano de dois mil e doze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio
Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às dezesseis horas e
dezesseis minutos, foi realizada a chamada, respondida pelos vereadores Adeli
Sell, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Dr. Goulart, Dr. Thiago
Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, João
Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Freitas, Kevin Krieger,
Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher,
Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra e Waldir
Canal. Constatada a
existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e
iniciada a ORDEM DO DIA Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores
Alceu Brasinha, DJ Cassiá, Engenheiro Comassetto, Mario Manfro, Professor
Garcia, Sofia
Cavedon, Toni Proença e
Valter Nagelstein. A seguir, por solicitação da vereadora Fernanda
Melchionna, foi efetuado um
minuto de silêncio em homenagem póstuma à senhora Estela Marília
Machado Feijó, falecida no dia quinze de junho do corrente. Em Discussão Geral e Votação, foram
votados conjuntamente e aprovados os Projetos de Lei do Legislativo nos
054, 097, 110, 111, 117 e 122/12 (Processos nos 0640, 1343, 1455,
1458, 1503 e 1530/12, respectivamente). Em Discussão Geral e Votação, foi
aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 011/12 (Processo nº 0617/12). Em
Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Executivo nº 039/11
(Processo nº 3446/11), o qual foi discutido pela vereadora Sofia Cavedon e
pelos vereadores DJ Cassiá, Carlos Todeschini, João Antonio Dib, Alceu
Brasinha, Idenir Cecchim e Adeli Sell. Às dezesseis horas e cinquenta e dois
minutos, constatada a inexistência de quórum, em verificação solicitada pelo
vereador João Antonio Dib, o senhor Presidente declarou encerrados os
trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pelo vereador Mauro Zacher e secretariados pelo vereador Carlos
Todeschini. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e
aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Há quórum.
A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para
um Requerimento.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA (Requerimento): Sr. Presidente, sei da necessidade de entrarmos na
Ordem do Dia imediatamente, mas eu gostaria de solicitar um minuto de silêncio
em homenagem à jovem Estela Marília Machado Feijó, uma jovem estudante da UFRGS
que foi à Cúpula dos Povos, a Rio+20, e sofreu um trágico acidente, foi
atropelada por um caminhão; uma jovem de 20 anos que perdeu a vida na cidade do
Rio de Janeiro. Quero homenageá-la pela sua vida de lutas na universidade.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Deferimos o pedido.
(Faz-se um minuto de silêncio.)
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0640/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 054/12, de autoria da
Mesa Diretora, que extingue
as funções gratificadas de Assistente de Comissão Parlamentar, inclui art. 50-F
na Lei nº 5811, de 8 de dezembro de 1986, e alterações posteriores, instituindo
a Gratificação Especial pelo exercício de atividades de apoio às Comissões
Parlamentares, e dá outras providências.
Parecer
Conjunto:
-
da CCJ, CEFOR e CUTHAB. Relator-Geral Ver. Airto Ferronato: pela
aprovação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, III, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
em 20-06-12.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1343/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 097/12, de autoria da
Mesa Diretora, que altera,
no Anexo da Lei nº 5.811, de 8 de dezembro de 1986, e alterações posteriores,
os requisitos para o provimento da função gratificada de Coordenador da
Assessoria Administrativa.
Parecer
Conjunto:
-
da CCJ, CEFOR e CUTHAB. Relator-Geral Ver. Airto Ferronato: pela
aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 20-06-12.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1455/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 110/12, de autoria da
Mesa Diretora, que define
como 13 (treze) o padrão de vencimento básico do cargo de Analista de
Tecnologia de Informação – código 1.4.8.1.13 –, constante no art. 9º da Lei nº
5.811, de 8 de dezembro de 1986 – Quadro dos Cargos Efetivos da Câmara Municipal
de Porto Alegre –, e alterações posteriores.
Parecer
Conjunto:
-
da CCJ, CEFOR e CUTHAB. Relator-Geral Ver. João Carlos Nedel: pela
aprovação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, III, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
em 20-06-12.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1458/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 111/12, de autoria da
Mesa Diretora, que inclui
inc. IV no parágrafo único do art. 43 e art. 46-A na Lei nº 5.811, de 8 de
dezembro de 1986 - que estabelece o Sistema de Classificação de Cargos e
Funções da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras providências -, e
alterações posteriores, atribuindo Gratificação Especial ao servidor em
atividades de pregoeiro ou de equipe de apoio à licitação, na modalidade
pregão.
Parecer
Conjunto:
-
da CCJ, CEFOR e CUTHAB. Relator-Geral Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação
do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, III, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
em 20-06-12.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1503/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 117/12, de autoria da
Mesa Diretora, que inclui
art. 50-F na Lei nº 5.811, de 8 de dezembro de 1986 - que estabelece o Sistema
de Classificação de Cargos e Funções da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá
outras providências -, e alterações posteriores, instituindo Gratificação
Especial aos servidores efetivos lotados na Assessoria de Comunicação Social e
detentores do cargo de Jornalista-Repórter, pelo exercício de atividades de
edição de noticias e de redes sociais.
Parecer
Conjunto:
-
da CCJ, CEFOR e CUTHAB. Relator-Geral Ver. Airto Ferronato: pela
aprovação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, III, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
em 20-06-12.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1530/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 122/12, de autoria da
Mesa Diretora, que fixa como
Gratificação de Incentivo Técnico (GIT), por produtividade, percentuais do
valor do vencimento básico do Padrão 12.
Parecer
Conjunto:
-
da CCJ, CEFOR e CUTHAB. Relator-Geral Ver. João Carlos Nedel: pela
aprovação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, III, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
em 20-06-12.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em discussão o bloco constituído pelos seguintes
Projetos de Lei do Legislativo: nº 054/12, nº 097/12, nº 110/12, 111/12, nº
117/12 e nº 122/12. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Solicito
aos Srs. Líderes de Bancadas que se aproximem da Mesa para que possamos
conversar sobre o prosseguimento da Sessão. (Pausa.)
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 0617/12 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 011/12, que altera o Anexo II da Lei nº 10.903,
de 31 de maio de 2010 – que institui o Calendário de Eventos de Porto Alegre e
o Calendário Mensal de Atividades de Porto Alegre –, para incluir Celebração
Inter-Religiosa e Missa Solene na Semana de Porto Alegre.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Waldir Canal: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. DJ Cassiá: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 30-05-12.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em discussão o PLE nº 011/12. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação o PLE nº 011/12.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 3446/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 039/11, que declara de utilidade pública a Casa
da Criança Algodão Doce.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Mauro Zacher: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Idenir Cecchim: pela aprovação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza
Observações:
- incluído na Ordem do Dia
em 06-06-12;
- discutiram a matéria os
Vereadores S. Cavedon, DJ Cassiá, C. Todeschini, J. A. Dib, A. Brasinha, I.
Cecchim e A. Sell.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em discussão o PLE nº
039/11. (Pausa.) A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLE
nº 039/11.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Ver. Mauro Zacher, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, quero
cumprimentá-los. Vim de uma Reunião do Ministério Público, de uma Audiência Pública
convocatória.
Ainda na Ordem do
Dia, faço questão, Ver. João Antonio Dib, que está inconformado, assim como
vários Vereadores, que esquecem que aqui é o Parlamento, de chamar a atenção
para a Declaração de Utilidade Pública de uma instituição que atua na área da
infância e da adolescência. Nesta Cidade, há mais de 200, talvez 206 ou 207
creches comunitárias conveniadas com a Prefeitura – uma rede público-privada,
uma parceria que é quatro vezes maior que a Rede própria de Educação Infantil! Quatro vezes
maior!
Não fora essa Rede de Educação Infantil – que,
apropriadamente, o Governo declara de utilidade pública para alguns benefícios
– a Prefeitura não passaria do que são hoje os parcos 30% de atendimento da
faixa etária de zero a cinco anos. Mais do que isso, desde 2007, as creches
comunitárias contam, auxiliam, incluem, Ver. João Carlos Nedel, no censo
escolar, para fins de retorno do recurso do Fundeb, os seus alunos, essas
crianças que atendem em parceria com o Município. Essa inclusão das matrículas
das creches comunitárias conveniadas faz com que a Prefeitura, que iniciou
perdendo 40 milhões no Fundeb/2007, hoje perca menos de 20 milhões; nós não
temos exatamente os números! Perder significa o quê? O Fundeb recolhe dos
Municípios e do Estado 20% de todos os impostos, e retorna aos Municípios e ao
Estado, conforme as matrículas. Se não houvesse essas matrículas das creches
comunitárias, nós estaríamos perdendo quase 20 milhões. Porém, elas ainda não
foram beneficiadas com esse serviço que prestam, com essa inclusão que fazem,
com esse atendimento que fazem. Nenhum real a mais voltou às creches
comunitárias conveniadas. Elas mal e mal conseguem um reajuste da inflação ano
a ano com os convênios já estabelecidos.
Então, aqui, Ver. Dib, eu faço um apelo porque é um
momento importante de debate na Cidade. Com o Fundef não era possível; com o
Fundeb, de Educação Básica, as creches comunitárias podem, sim, ter mais
recursos e, então, deixar de cobrar das famílias, dos pais e das mães da
periferia da Cidade, podendo, sim, pagar um pouco mais do parco salário mínimo
que paga aos educadores. Elas não conseguem pagar mais do que, sei lá, R$
100,00 ou R$ 200,00, além do salário mínimo. Então, é muito duro para as
creches comunitárias tentarem manter um educador qualificado porque não podem
pagar um pouco mais para eles. E aí a gente quer um atendimento qualificado nas
creches comunitárias. Então, é muito importante que esse tema volte para cá,
porque o Orçamento do próximo ano vem para cá, Ver. DJ, e nós precisamos
adequar. Esses recursos que voltam do Fundeb têm que ir para as creches
comunitárias.
As escolas infantis não estão numa situação mais
favorável. Há muito estagiário atendendo na escola infantil. Há muitas escolas
infantis que estão com muitos problemas sérios de estrutura física, de limpeza.
Inclusive, ontem, pelo Twitter, a
professora Cláudia me dizia que as escolas fazem festas, quermesses para
levantar dinheiro para as necessidades da escola infantil própria. Pelo Twitter, ela não me disse qual é a
escola infantil.
Faço aqui o meu apoio à Declaração de Utilidade Pública da Criança Algodão Doce, mas um apoio com essa
qualificação, com o conhecimento que esta Casa tem de tem que aumentar o
recurso no convênio Creches Comunitárias, porque elas pagam inclusive taxas
públicas com o recurso que é muito menor do que o seu custo.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. DJ Cassiá está com a palavra para discutir
o PLE nº 039/11.
O SR. DJ
CASSIÁ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, eu só queria um
aparte da senhora, Ver.ª Sofia, mas, infelizmente, o seu tempo terminou.
Agradeço também ao Ver. Todeschini. Vereadora Sofia, só quero colaborar, ser
seu parceiro.
Aliás, a Secretaria de Educação, sempre esteve em
parceria conosco; apenas em uma situação que não, mas ela sempre está presente
todas as vezes em que foi convidada para vir a esta Casa; falo exclusivamente
da questão da nossa Comissão.
Eu lhe concedo um aparte para que fique registrado
aqui quais são essas escolas infantis. Eu quero ser seu parceiro para
encaminhar junto à Secretaria de Educação, que tem feito um grande trabalho na
área da Educação Infantil – não vou cansar de falar –, desde o Governo Fogaça
até o Governo do nosso Prefeito Fortunati, tem feito revolução em Educação
Infantil. Revolução! Diferente de outros governos, que deixaram a desejar.
A Sra. Sofia
Cavedon: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Não pude lhe
conceder aparte, porque estava bem no finalzinho do meu tempo, Ver. DJ Cassiá,
mas é importante V. Exa. vir à tribuna.
Vou dar alguns exemplos: Escola Infantil Max Geiss,
na Zona Norte, que não tem mais Guarda Municipal. Várias delas não têm mais
Guarda Municipal e estão com problemas seriíssimos de segurança; a Escola Infantil
Max Geiss inclusive parou. Na escola Maria Marques Fernandes, na Lomba do
Pinheiro, há ratos; são seriíssimos problemas de ratos, e não conseguem superar
os problemas; há falta de brinquedos... São denúncias que eu recebi. A EMEI
Tronco está num espaço alugado – já pedi para a CECE pautar esse tema, desde
2005 – o Ver. Adeli conhece bem –, não atende berçário na Av. Tronco. Uma
escola infantil própria que não atende berçário, que atendia antes, porque o
prédio foi interditado, e até agora, desde 2005, não foi reconstruído.
Anunciaram que foi contrapartida, escolheram terreno. A CECE já foi lá; o
Câmara na Comunidade já foi lá. Nós não temos um serviço essencial de uma
escola infantil própria na Tronco pelo fato de o Governo não encaminhar. Esses
são alguns exemplos; posso trazer outros.
O SR. DJ
CASSIÁ: Beleza, Ver.ª Sofia. Eu gosto da senhora. A senhora é uma grande
defensora da Educação, até mesmo porque a senhora é da área. A senhora defende
tanto a Educação que eu vi, várias vezes, a senhora subir a esta tribuna e
cobrar do Governo do Estado o que
ele não cumpre com os seus colegas do Estado. Não é este o caso, aqui, Ver.
Tarciso.
Para concluir, Ver.ª Sofia, quero ser seu parceiro
nessas duas questões que a senhora levantou, mas gostaria também que a senhora
viesse aqui e falasse das coisas boas que estão sendo feitas na área da
Educação. Eu nunca vi a senhora vir aqui, nunca vi um pronunciamento de V. Exa.
aqui em relação ao que é feito de bom na área da Educação dentro da periferia,
onde mais se precisa e onde alguns governos, que ficaram quase 20 anos,
deixaram a desejar. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
discutir o PLE nº 039/11.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras. Ver.ª Sofia,
concedo-lhe um aparte brevemente porque eu tenho acordo sobre a sua fala e depois quero fazer um parêntese.
A Sra. Sofia Cavedon: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Todeschini, agradeço a Vossa Excelência. Acho que a questão da redução dos
Guardas Municipais nas EMEIs, e é muito importante reforçar isso, é um tema de
segurança que V. Exa. trabalha muito bem, mas há um segundo tema: ontem, eu
soube pela Direção da ATEMPA que a Secretária Cleci Jurach
vai instaurar oito sindicâncias – sindicâncias! – contra as direções de
escolas, pela paralisação do dia 25, Ver. Todeschini. Para mim, isso é para
fazer pressão, para aterrorizar as direções de escolas, para intimidá-las a não
se movimentarem pelos seus direitos.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Obrigado,
Ver.ª Sofia, não tenho reparos em relação à sua fala; pelo contrário, assino
embaixo; chancelo.
Eu me inscrevi para
falar e gostaria muito da atenção de todos, pelo relato que vou fazer a seguir.
Estamos tratando aqui de projetos para proteger a infância, mas quero fazer um
alerta: há um ano criamos a SEDA, Secretaria Especial dos Direitos Animais – e
aí não vou falar de crianças – e, dia desses, uma pessoa idosa foi atacada por
um cão na sua casa e teve quase o couro cabeludo arrancado. Ela levou 15 pontos
e está escondida dentro de casa do seu próprio cão. O proprietário, Sr. Carlos
Hidelbrando, vou declinar o nome aqui, é amigo do Prefeito. O esposo da Sra.
Marlene, que foi agredida, chamou a SEDA e a Secretaria disse que isso não era
com ela – “virem-se” – e que era para domesticar o bicho, tratar desse animal.
Então, eu quero saber por que foi aprovado aqui o orçamento de um milhão de
reais para essa Secretaria, se, quando as pessoas, idosas, são vítimas da
violência desses animais descompensados, e se chama a Secretaria Especial dos
Direitos Animais, porque ela é a única habilitada, capaz, em condições de dar
um destino a esse caso, ela se omite, foge, e manda a pessoa resolver o
problema?! “O problema é teu, o cachorro é teu, te vira”. E essa idosa ficou
presa dentro de sua casa. Porque todo mundo sabe que o animal agride, porque
ele sente o cheiro da adrenalina liberada pela pessoa. Então, essa idosa foi
agredida violentamente, teve o couro cabeludo arrancado, dentro da sua cozinha,
é uma situação indescritível, a única solução que pode ser dada é através da
SEDA, não tem mais o que fazer, e a SEDA o manda se virar e reprogramar o
animal. Então, estou fazendo um apelo ao Ver. João Antonio Dib para que ele
fale com o Prefeito; inclusive essa pessoa é das relações primeiras do Prefeito
Fortunati, que o conhece há 30 anos ou mais do movimento sindical. Então, não é
aceitável esse tipo de resposta!
Nós temos conhecimento do conjunto de problemas das
crianças abandonadas, da população de rua, mas, mesmo assim, nós aprovamos aqui
uma Secretaria Especial dos Direitos Animais, que tem muito recurso, e essa
Secretaria não pode se negar a salvar a vida das pessoas – as pessoas estão sendo
vítimas desses animais ferozes que estão aí, dessas raças artificiais –, pois
não há quem possa resolver o assunto a não ser a SEDA, Ver. João Dib. Nós
fizemos uma Emenda, Ver.ª Sofia, que gravou essa obrigação ao Município. Isso
está previsto na lei da criação da SEDA, que é a única que pode atender o caso.
Portanto, estou aqui fazendo um alerta, porque não se trata de qualquer coisa.
A questão que está posta é a integridade física das pessoas que moram no mesmo
ambiente desse animal, as quais não conseguem mais dar conta da situação,
apelam à SEDA, e a SEDA “lava as mãos.” Isso é inaceitável! O nome da pessoa é
Dona Marlene, e do seu esposo e proprietário do animal, é Carlos Hildebrando.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
discutir o PLE nº 039/11.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Mauro Zacher; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores,
meus senhores e minhas senhoras, eu já acumulei muita juventude na minha vida,
por isso eu sou o mais jovem Vereador desta Casa, e não vai ser nenhum Vereador
aqui que vai me dar missão! Anteriormente, eu disse da docilidade desta Casa em
relação a um Projeto da mais alta relevância e de altos custos para a
Prefeitura – falei da docilidade, e havia docilidade. Agora nós estamos
discutindo aqui uma declaração de utilidade pública de uma creche, e aí vem um
Vereador, fala sobre o cachorro que mordeu o dono e quer que a Secretaria
Especial dos Direitos Animais vá lá interferir no caso. A Secretaria deveria
intervir, sim, se o dono mordesse o cachorro, porque a Secretaria é para
proteger os animais, não os humanos. Então, o Vereador fala sem razão nenhuma.
Além disso, nós não temos quórum aqui para discutir e estamos discutindo! É por
isso que eu falo sobre a docilidade desta Casa. E aproveito, Sr. Presidente,
este momento para pedir verificação de quórum. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para
discutir o PLE nº 039/11.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Ver. DJ Cassiá, isso que está
acontecendo na oposição, Ver. Dib, chama-se desespero, pois eles não sabem mais
o que falar: o Todeschini chega a buscar os cachorros para vir aqui combater o
Prefeito Fortunati. Isso é desespero, Vereador. O seu candidato não sobe nas
pesquisas e o senhor fica desesperado, busca até cachorro para afetar o nome do
Prefeito. O que o Prefeito tem a ver com o cachorro dentro da casa do cidadão?
Quer dizer, eu chego na sua casa e digo que o Prefeito tem que intervir, porque
tem cachorro na sua casa! É um absurdo, Ver. Todeschini, o senhor levar essa
conversa tão longe assim, ocupar esse tempo precioso para falar essas bobagens
que o senhor falou. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para
discutir o PLE nº 039/11.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, muita calma nesta
hora! Estamos chegando perto do mês de agosto e os cachorros começam a ficar
raivosos. Eu quero dizer o seguinte, Ver. Brasinha: levem esse cachorro para a
casa do Maluf. Se ele estivesse lá, ele teria evitado esse vexame nacional que
o Lula passou! Tinha que estar esse cachorro lá, pois ele teria evitado que o
Lula abraçasse o Maluf, que o Lula fizesse essa barbaridade junto com o Maluf!
Isso, sim, é loucura.
Agora, Ver. Todeschini, eu quero concordar com o
Ver. Brasinha: se o cachorro mordesse um vizinho... E o Ver. João Dib disse
muito bem: se o vizinho tivesse mordido o cachorro, ou se o dono do cachorro...
Mas isso aconteceu em casa, ou seja, o cachorro foi malconduzido, digamos
assim. Acho que assim não dá, não é, Vereador?
O Sr. Carlos
Todeschini: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Não podemos brincas
com coisa séria nem fazer piada de mau gosto. Trata-se de um animal de raça
alterada que agrediu a dona dentro de casa, provocou um corte de 15cm que quase
arrancou o couro cabeludo, e, antes da lei estadual, esse animal deveria ir
para a eutanásia.
O SR. IDENIR
CECCHIM: O senhor é a favor da extinção dos cães, dessa lei que diz...
O Sr. Carlos
Todeschini: Não! A lei que está adaptada
pela SEDA, por Emenda nossa, estabelece obrigação à SEDA, tem que dar conta
desse caso. É disso que nós estamos falando, de lei que nós aprovamos aqui e
que o Executivo tem que cumprir.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Mas não dentro de casa, Ver. Todeschini; dentro de casa não! Pelo amor
de Deus, nem se pode invadir a residência de alguém...
O Sr. Carlos Todeschini:
E aí eu pergunto: quem é que
vai dar conta desse animal?
O SR. IDENIR
CECCHIM: O dono.
O Sr. Carlos
Todeschini: Não, o dono não tem condições.
O SR. IDENIR
CECCHIM: O dono desse animal!
O Sr. Carlos
Todeschini: O dono não tem nem preparo, nem condições, nem obrigação. Quem tem
obrigação...
O SR. IDENIR
CECCHIM: Não tem o direito de ter um cachorro se não sabe cuidar do seu próprio
animal. É falta de cuidado desse cachorro.
O Sr. Carlos
Todeschini: Não, Ver. Cecchim, com todo o
respeito, não é isso. Trata-se – inclusive, nós debatemos na COSMAM – de animal
com desvio de comportamento, é animal de raça alterada. Inclusive tem uma
decisão, não lembro de qual organismo, que proíbe, na atualidade, o cruzamento
dessas raças, que é um intermediário entre as raças Pitbull e Rottweiler e que gera produtos descontrolados, é disso
que nós estamos falando. Então, a Secretária Especial dos
Direitos Animais tem a obrigação de dar conta desse caso porque está lá na lei!
O Sr. Alceu
Brasinha: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Cecchim, o
senhor veja: daqui a um pouco, o Prefeito vai também ter que intervir junto aos
casais quando brigam em casa; daqui a pouco, só falta ele vir cobrar isso do
Prefeito! Tudo querem cobrar do Prefeito! O Prefeito tem que cuidar, tem que
dar atenção. Até dentro da casa do cidadão que tem um cachorro tem que dar
atenção! Onde nós vamos parar?
O SR. IDENIR
CECCHIM: Isso é uma loucura realmente; realmente é uma loucura.
Mas eu queria falar de uma coisa, já que estamos
falando em utilidade pública: eu queria dedicar o minuto e meio que me resta
para pedir à SMIC, à Prefeitura, ao Prefeito, Ver. Adeli Sell, para suspender
esse aumento que querem dar aos permissionários do Mercado Público neste
momento em que estão se baixando os juros, está se baixando a inflação, o PIB
para de crescer, eu acho que não é o momento de chegar e pedir aumento e
descarregar gastos em cima dos permissionários do Mercado Público. O nosso
Mercado Público é um verdadeiro patrimônio da nossa Cidade, ele está ficando
cada vez mais bonito, os permissionários embelezaram as suas lojas, deixaram o
Mercado Público agradável, e eu não sei o que deu agora, de uma hora para
outra, querem aumentar a permissão
e querer obrigar os permissionários a trabalharem no domingo! No domingo, não
tem cliente para o Mercado Público, não tem cliente e não tem gente para
trabalhar lá! Não tem, é uma dificuldade enorme! É um equipamento público
operado pelas famílias das bancas, e eles precisam de um dia de descanso.
Então, acho que está havendo um grande equívoco. Eu queria pedir para o
Secretário Omar Ferri para rever essa posição, as duas posições, senão é um
terrorismo contra os permissionários do Mercado Público: aumento e ameaça de
que vão obrigá-los a trabalhar no domingo. Acho que está na hora de dar uma
repensada nesse assunto.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para
discutir o PLE nº 039/11.
O SR. ADELI SELL: Pessoal, agosto não chegou ainda, vamos
devagar! O assunto é sério, nós tiramos a utilidade pública, Mauro Zacher, de
um conjunto de instituições, se eu estou bem lembrado, no final do ano passado.
A Prefeitura fez um checklist – vou
usar uma terminologia chique –, fez uma lista de entidades que não tinham nada
que ver, deixaram de funcionar, limpou o terreno. Agora, nós estamos vendo o
conjunto de entidades que devem ter o título de utilidade pública, e nós vamos
ter que discutir se essas entidades têm ou não condições de receber um título
de utilidade pública. Este é o verdadeiro debate. Então, o que nós deveríamos
fazer? Na minha opinião, toda vez que tem um título de utilidade, a Comissão
que trata do tema, além da CCJ, devia designar um Vereador ou Relator para,
junto com alguém aqui da Câmara que sirva como testemunha, ir in loco verificar porque, senão, nós
vamos, simplesmente, na boa-fé. Este deveria, na verdade, na minha opinião, ser
o debate sobre essa nova titulação.
Eu
mesmo acho que entrei agora com um ou dois pedidos de utilidade pública para
instituições e faço questão de trazer documentos, fotos. E queria, naquilo que
me compete, convidar as pessoas para ir in
loco verificar. Então, é isso que nós temos que fazer na verdade, Ver. João
Dib, para recolocar o debate naquilo que deve ser a essência dele.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. Adeli Sell, em primeiro lugar, eu quero cumprimentá-lo porque
V. Exa. está tratando do assunto que está em discussão. Em segundo lugar, eu
quero dizer que os Projetos quem vêm de declaração de utilidade pública tanto
do Legislativo, quanto do Executivo vêm acompanhados de documentação completa,
porque a legislação especifica os documentos que têm que ser apresentados. Cabe
a nós fazermos, nas Comissões, o debate que, por exemplo, não foi feito para a
Lei Orgânica da Procuradoria.
O SR. ADELI SELL: Bom, tem várias coisas, Ver. Dib... O
senhor está hoje... Está indignado o Ver. João Dib! Mas vamos devagar, vamos
tentar fazer o grande debate, como fizemos anteriormente aqui sobre a questão
da Procuradoria-Geral do Município, como fizemos, por exemplo, sobre o Veto que
derrubamos com relação ao Projeto do Ver. Vendruscolo. Eu acho que a Casa,
quando derruba um Veto do Prefeito, mostra que ela tem autonomia. Em alguns
momentos, eu até fiquei meio preocupado, Ver. Todeschini, com a falta de
autonomia da Casa, marchando, Ver.ª Sofia, exclusivamente, numa trilha que é a
trilha do Governo, colocando uma venda nos olhos, colocando tampão nas orelhas
e votando meio por aparelho. Eu acho que nós temos que voltar ao verdadeiro
debate, DJ Cassiá, dos Projetos que existem, dos argumentos que existem e das
condições. Eu acho que essa questão das entidades que a gente considera de
utilidade pública, principalmente creches comunitárias, escolas infantis e
entidades de cunho filantrópico, têm que ter uma maior fiscalização da nossa
parte. Hoje todas praticamente recebem verbas públicas, porque fazem convênios,
ou das creches comunitárias ou do Sase. Portanto, são duas verbas eminentemente
públicas, uma que vem da SMED, e a outra que vem, normalmente, da FASC. Então,
eu penso que a gente deveria, sempre que possível, e acho que até seria
necessário, fazer as devidas averiguações in
loco.
As
outras coisas que foram colocadas aqui, deixo pelo calor do debate, mas nós
temos que nos concentrar nos temas importantes porque, mesmo que a população
não esteja lotando o plenário neste momento, que são dez para as cinco, e já
lotou hoje, no início da tarde, mesmo que hoje o plenário, neste momento, não
esteja lotado... E eu quero dizer que não é pelas horas que a gente senta aqui
nestas cadeiras que a gente vai medir a atividade parlamentar: é também pela
nossa ação na rua, é pelo nosso atendimento nos gabinetes. E eu falo isso porque
não quero fazer coro com a imprensa tradicional da Capital que chega aqui de
supetão, dez para as cinco, filma, e dá uma nota dizendo que tinha cinco Vereadores ou
dizendo que no início da tarde tinha apenas quatro Vereadores, quando abriu a
Sessão. Não culpo ninguém, não critico ninguém, porque a atividade parlamentar
não é exclusivamente no plenário: ela é uma totalidade. E eu estou aqui para
defender o Parlamento – e o bom Parlamento. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. João Antonio Dib solicita verificação de
quórum. (Após verificação de quórum.) Não há quórum. Está encerrada a Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 16h52min.)
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